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quarta-feira, janeiro 14, 2004


// posted by michael seufert @ 15:04

Saddam não tinha ligações com a Al-Qaeda 

(eu sei que ninguém vai perceber, mas fica aqui o link. Amanhã é notícia do Público :p)

Entre os documentos descobertos quando Saddam foi preso, encontram-se alguns que refutam (mais um...) argumento para a guerra. Segundo o New York Times, (aqui para quem é membro - é grátis), Saddam, numa nota escrita depois da queda do ditador, avisou os líderes da resistência a não se juntarem aos grupos radicais islâmicos que combatem os EUA. Pelos vistos o líder do Baas entendia que havia uma discrepância demasiado grande entre os objectivos duns e doutros: enquanto ele (e seus apoiantes) apenas quereriam a volta ao poder em Bagdad, os islamitas promovem a guerra santa contra o Ocidente. Conlui-se que:

As President Bush sought to build a case for war with Iraq, one of the most hotly debated issues was whether Mr. Hussein was in league with Mr. bin Laden and Al Qaeda. Senior officials at the Pentagon who were certain that the evidence of connections between Iraq and Al Qaeda were strong and compelling found themselves at war with analysts at the C.I.A. who believed that the evidence showed some contacts between Baghdad and the terrorist organization, but not an operational alliance.

At the Pentagon, several officials believed that Iraq and Al Qaeda had found common ground in their hatred of the United States, while at the C.I.A., many analysts believed that Mr. bin Laden saw Mr. Hussein as one of the corrupt secular Arab leaders who should be toppled.


Nada que não se soubesse, portanto.


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terça-feira, janeiro 13, 2004


// posted by michael seufert @ 14:59

Prisões secretas nos EUA 

O Supremo Tribunal Americano confirmou hoje que a Casa Branca pode manter secretas as identidades e paradeiros de 700 (!) prisioneiros capturados após os ataques do 11 de Setembro.
Envereda-se por um caminho perigoso lá nas Américas.
Claro que não me passa pela cabeça questionar as razões das prisões, e claro que não vou dizer que este sistema permite prender alguém só por que apetece ao presidente Bush. Vou acreditar na seriedade deste homem, da sua administração e das autoridades.
Mas não é suposto andar aqui a acreditar. O sistema existe para que se controlem possíveis excessos, e para que esses não possam acontecer. Por isso mesmo não posso deixar passar estes métodos em branco. Nem o facto de em Guantánamo haver, pelos vistos, recurso à tortura como método de arranjar informações.
Tortura?
Caramba, quem é que, com dois dedos de testa, pode defender a tortura. É fácil dizer que por vezes, para arrancar uma informação são necessários métodos extremos. Os fins justificam os meios. Seja, mas vejamos uma situação extrema (são estas que demonstram as fraquezas do sistema):
Por alguma razão, EU era preso. Imaginemos que alguém se enganou, ou que houve uma denúncia falsa, ou sei lá. Custa a aceitar, mas vamos imaginar. (Afinal ninguém é infalível, até já foram condenados à morte inocentes...)
Bem, e como eu continuasse a jurar que era inocente, mas a denúncia garantia que eu sabia onde estava o Bin Laden, os tipos decidem ligar-me a uma tomada.
E agora? Onde se pára? Sinceramente, só o facto de pensar que alguém é torturado (ou preso sem que ninguém saiba, para dar a volta ao tema) é inconcebível.

Tenho dito.


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// posted by michael seufert @ 14:45

Véu nas escolas 

Confesso que fiquei um pouco perplexo com a polémica na França referente ao uso do véu islâmico (e outros símbolos religiosos ostensivos) nas escolas pelos alunos.
Lembro-me de dois problemas análogos, se bem que completamente diferentes, passados há uns anos na Alemanha. Na Alemanha, parte da legislação (grande parte da educativa, por exemplo) é entregue aos Länder, os estados que compõem a República Federal. Aquando duma proibição de símbolos religiosos nas escolas, a população da Baviera insurgiu-se pois queria continuar a ver o tradicional crucifixo nas salas de aulas. Já mais recentemente, uma professora muçulmana decidiu ir até Karlsruhe (ao Tribunal Constitucional da Federação), para impôr o seu direito de usar o véu enquanto dava aulas, baseando-se na liberdade de religião.
Escusado será dizer que mais forte que a tradição bávara ou que a liberdade religiosa duma professora, está a separação entre estado e igreja. O estado não deve dar juízos de valor acerca desta ou daquela religião. Não deve preferir uma à outra, garantindo assim a liberdade de cada cidadão de practicar (ou não) a que entender. Assim, nos casos indicados, a laicidade triunfou, impedindo a manutenção de crucifixos nas escolas da Baviera, ou o uso do véu por uma professora. E, parece-me, faz todo o sentido. A escola é um local de aprendizagem, as crianças não devem contudo, ser confrontadas com uma ou outra religião, porque o estado não deve mostrar uma ou outra. Não deve mostrar nenhuma. Nem numa repartição de finanças, nem num ministério, e muito menos na escola.

Na França, e segundo o Público também na Bélgica, o caminho é diferente e, a meu ver, errado. Proíbe-se aqui que os símbolos sejam envergados pelos alunos. Isto sim, é uma interferência na liberdade religiosa dos cidadãos. Porque se a professora ou a sala não devem ostentar símbolos, porque não devem demonstrar preferência do estado face a qualquer religião, já aos alunos, bem como a outros cidadãos, não pode ser proibido de exercerem a sua religião. Assim, qualquer dia será proibido a quem use um crucifixo, ou um véu, ou um kappa entrar numa repartição pública. Afinal, a diferença é ténue.

A França tem este péssimo hábito de assimilar culturas em vez de usar diferenças para crescer enquanto cultura. Já no colonialismo era assim: As crianças de Argel aprendiam os feitos gloriosos dos "seus antepassados" aquando da Revolução Francesa (conf. James Joll, "A Europa desde 1870").

E bem, parece que a Bélgica que seguir pelo mesmo caminho. Espero que não.


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// posted by michael seufert @ 14:23

Welcome back... 

...caríssimo Nélson. É sempre bom, rever velhas caras. Ou antes, velhas letras.


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// posted by michael seufert @ 14:12

LEX BERLUSCONI chumbada pelo Constitucional Italiano 

A lei de protecção a altos-dirigentes políticos italianos foi declarada inconstitucional pelo TC italiano. "Por ferir o príncipio de igualdade da Constituição Italiana". O processo contra Berlusconi por causa de corrupção de juízes, em Milão, deverá assim poder continuar.


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segunda-feira, janeiro 12, 2004


// posted by michael seufert @ 16:36

Liberdade de Imprensa? 

Este debate todo sobre a liberdade de imprensa, sobre os deveres e direitos da comunicação socia, lembrou-me a falta de corecção ortográfica de alguna canais de televisão.
Ainda este fim-de-semana, lia-se no rodapé da TVI:

«... e depois à um "Coração Malandro à sua espera...»

No mesmo canal, a propósito de uma reportagem sobre pedofilía, era questionada uma criança. Como a voz era distorcida, e entrevista era legendada:
«-E depois ele pediu.me para ir com ele dar uma volta para uma casa abandonada.
-E tu, achas-te normal?»

E a Sic noticiava em letras garrafais, a "suspenção" de McCarthy, antes do Natal.

Eu cá acho que se se vai mudar a lei, ao menos podia-se obrigar as televisões (e os jornais também, mas em 2 anos de "Público" diário, só encontrei erros de tipografia) a escrever "bom portugês". Para quem desse erros tão graves como os indicados, haveria fortes multas. Reverteriam em metade a favor de instituições de combate ao analfabetismo, e em metade a favor do ministério da educação. É que estes erros na TV, só fazem com que os jovens escrevam cada vez pior.

Proponho 5000€ por erro ortográfico ou grave erro gramatical. Que acham?


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// posted by michael seufert @ 15:44

Dor de cabeça para Bush 

Em ano eleitoral, o aparecimento de um ex-ministro com vontade de vingança, não faz nada bem...

Vejamos. Paul O'Neill. ex-ministro das finanças, demitiu-se, por razões pessoais, em Novembro de 2002, mas todos os observadores concordaram em que teria sido despedido. Pois bem, o filho expulso voltou...

O livro, ainda não publicado, que o ex-ministro escreveu, promete dar que falar. Em entrevistas e apresentações, O'Neill deixou transparecer pormenores interessantes.

No primeiro Conselho de Segurança Nacional, a 30 de Janeiro de 2001, já teria sido anunciada a "necessidade" de atacar o Iraque e depôr Saddam.
«The President said "Find a way to do it."»
O'Neill denuncia mesmo a existência de um documento do Pentágono, intitulado "Candidatos Estrangeiros a Contratos para Campos de Petróleo Iraquianos". Tanto pior sabendo que dataria de 5 de Março de 2001.


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sexta-feira, janeiro 09, 2004


// posted by michael seufert @ 15:37

Bush sempre vai anunciar grande acção espacial? 

O Spiegel diz que sim.
Segundo este artigo, os rumores quer circulam há meses em Washington são verdadeiros: além do já esperado vôo tripulado a Marte, espera-se que George Bush anuncie em breve novos vôos à Lua, e até a construção de uma base no satélite. fala-se na concretização dos projectos nos próximos dez anos, ou até 2018.

Bush estará a planear um "momento-Kennedy" com tanto impacto como quando este anunciára a vôo para a Lua.

Será este um dos caminhos para ganhar eleições? Bem, sem dúvida é uma maneira de libertar orçamento para a NASA, bem como reavivar a exploração espacial que, o mais tardar desde a explosão do Columbia, tem andado em baixo.


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quarta-feira, janeiro 07, 2004


// posted by michael seufert @ 12:32

Noites no Porto 

Quase que me esquecia. Visto que os estúpidos dos gajos fecharam o Twins por causa dum jantar privativo (ainda ouvi o Miguel Araújo Jorge a cantar, mas não nos abriram a porta... ), ontem fui à ESMAE. Todas as terças-feiras abre à noite (a partir das dez) o café-concerto com uma Jam Session de Jazz. Num estilo muito americano (vão tocando uns e outros, juntando-se por vezes desconhecidos em palco) que fazia falta no Porto, o ambiente é bastante agradável.
Gostei, e voltarei.


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// posted by michael seufert @ 12:15

Francisco Louçã & o aborto vs A Lei 

"O país real que temos é o país é o país que, em breve, irá continuar a assistir ao julgamento de sete mulheres por prática de aborto, no Tribunal de Aveiro." (in Público de 07-01-04, citando Jornal de Notícias de 06-01-04)

Pois é caro Franciso Louçã. É por estas e por outras que não entendo a esquerda portuguesa. Vejamos. O Francisco Louçã já terá reparado, perdoe-me a ironia, num placard de madeira que está na Assembleia da República mesmo atrás do púlpito donde já tantas vezes lançou reptos à direita deste país. Nesse placard está inscrita uma palavra em latim "LEX". Apesar de ser professor de economia, estará a par que Lex siginifica Lei. Aliás, está na AR com o propósito de as discutir, as leis. Assim, não me entra na cabeça como é que V.Exa. acha mal que o país assista ao julgamento. Sabe, é que se está na lei que o aborto é proibido, devemos aceitar que o estado aja em conformidade. Por muito que estejamos contra uma lei, não podemos achar que não se aplica a nós (ou a quem quer que seja), só por isso. Podemos (e devemos) lutar para que seja alterada, se acharmos que vale a pena, agora, já viu o que acontece se cada um escolhe quais leis são boas para si próprio, quais não?
Eu por exemplo, acho uma maçada não poder estacionar onde me apetece. Aqueles sinais de estacionamento proibido estão em cada sítio mais incompreensível. Acabavam já, para mim. Depois aquela coisa de pagar impostos... Enfim, nem digo mais nada.
Não compreendo como é que um deputado pode achar que a melhor maneira de viver num país, é cada um cumprir apenas as leis que acha justas, morais ou simpáticas (sei lá...). Na verdade, num estado de direito, eu não tenho muitas liberdades. Não posso dar um par de bofetadas (como queria o Alberto João Jardim) a alguém, só por que me apetece. Há liberdades que são restringidas para que todos possamos viver melhor.
Se concordamos ou não com esta ou aquela lei, não é razão para deixarmos de a cumprir. Muito menos para um tribunal não a aplicar. Se não concordamos, devemos lutar para que seja alterada, mas se não for, bem, resta-nos continuar a lutar, ou encolher os ombros. Tenho a certeza que v.exa. não é de encolher os ombros,e ainda bem, mas deixe de pintar as coisas como se o que se passasse fosse contra as leis ou a constituição. É justamente o contrário.


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