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sexta-feira, setembro 19, 2003


// posted by michael seufert @ 11:54

O meu primeiro texto publicado na internet... 

Consegui desencantar o meu primeiro texto - à excepção dos da minha homepage - que foi publicado na internet.

Foi na "Inépcia" esse e-zine satírico, que ainda hoje consulto regularmente.
Fiquei com um apertozinho no peito. Um sentimento assim de quem revê um pecado do passado, algo que nos envorgonha pela ingenuidade, mas nos deixa, ao mesmo tempo, orgulhosos por certos traços positivos que já revela.

Vou publicá-lo aqui, sem correcções, que decerto seriam muitas, o texto por vezes está mal encadeado; mas é mesmo assim: os nossos pecados do passado nesse tempo pareciam bons. Cá vai então:

Margarida Rebelo Pinto surpreendeu os seus fãs e demais leitores, com
o lançamento do seu novo livro "Afinal há coincidências". Estive
presente no pré-lançamento da obra, que decorreu na passada 4ªfeira
na FNAC do Norteshpping, Porto, e consegui trocar umas palavras com a
autora assim como com outros personagens da vida social presentes.
"O livro é mesmos bom, mas acho que a personagem principal, a Ana ou
Joana ou o raio que parta se devia ter masturbado pelo menos uma vez,
para dar mais realismo ao livro." - disse Miguel Esteves Cardoso.
"Se gostei? A-do-rei!"- berrou Luísa Castel Branco - "é um retrato
fiel e condigno da nossa sociedade, mas faltava talvez um pouco de
violência doméstica, assim como algo que envolvesse futebol, ou outro
desporto masculino... Já agora alguma vez pensou numa vasectomia? Mas aposto
que exige que a sua mulher faça uma estirilização aos 45!!!"
"Este livro é totalmente diferente de tudo aquilo que já publiquei" -
refere Margarida Rebelo Pinto -"posso mesmo dizer que me surpreendi a
mim própria, pois nunca pensei ser capaz de escrever algo assim. Pá, o
livro trata de amor, ódio, da vida social e de tantas outras coisas que
nunca pensei relatar, como por exemplo triângulos amorosos, sei lá."
Pois eu também não sei mas posso adiantar que é mesmo algo
de surpreendente. Sem querer revelar demais acerca desta nova aposta da
editora "Oficina do livro", aqui fica um pequeno resumo que pode
perfeitamente servir de iniciação a este livro.
A personagem principal é Mariana, uma jovem jornalista que tem um
triângulo amoroso com João e Zé Nuno. Quando vai a Lisboa em negócios
conhece Jorge que é por sua vez amante de Luísa, prima de Zé Nuno, e
afilhada do tio-avô do pai de Fátima Lopes. No entanto quem Mariana ama
verdadeiramente, é uma personagem sem nome ("Porque já esgotei todos os nomes
imaginários nos livros anteriores, e não quero repetir para não haver
confusões"-M.R.Pinto). Personagem que está integrada num hexágono amoroso com
outras cinco personagem sem relevo, se bem que todas têm alguma grau
de parentesco com Zé Nuno ou João.
O livro relata ainda as peripécias da vida de Mariana, que vai tomar café
à FNAC um espantoso número de vezes (7 nas primeiras dez linhas).
Surpreendentemente não há cenas de sexo no vão das escadas, mas sim, num
elevador panorâmico dum conhecido Centro Comercial ("Porque é mais
realista, tipo, toda a gente consegue visualizar melhor, do género, o que se
está a passar.") O desfecho é verdadeiramente inesperado, e envolve
Luísa Castel Branco a converter Luísa e Ana Maria ( uma amiga de negócios
de Fernando [um personagem que usa berloques nos sapatos ("Todo pipi")
e que é insultado por Jorge quando está em casa de Mariana]) ao MVGS* e
que convence Zé Nuno e João a fazerem uma vasectomia e desistirem de
serem sócios dos seus clubes de futebol. Finalmente o anel de Mariana
revela-se como sendo Miguel Esteves Cardoso.
Uma obra a não perder com tudo o que há de bom na literatura
portuguesa da actualidade.

*Movimento das vencedoras da guerra dos sexos





Remato com a pior frase que é utilizada pelo português comum:
"Desculpem lá qualquer coisinha." :)


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