Whisky2000

LA, o Comprometido Espectador, respondeu ao meu post sobre Israel e a Palestina.
Fê-lo numa forma bastante extensa, coerente e pôs um fim da parte dele à questão.
Também eu acho que não vale a pena andar a martelar o tema. Temos posições contrárias em muitos pontos, mas por vezes o tema depende mesmo do ponto de vista, e não de uma "razão absoluta".

O seguinte excerto merece no entanto um comentário:
«Israel é rico e é democrático. Quer discutir estes factos? Não sei o que entende por "estado religioso".»

Mais que um refúgio, um estado para o Judeus, Israel pretende ser um Estado Judaico. Afirmava o presidente da Agência judaica (Sallai Meridor) numa entrevista ao Libération(6 Julho 2001): "É preciso manter a qualquer preço uma maioria judaica em Israel». Ora, como se questiona Allain Gresh do "Le Monde Diplomatique", «qual seria a nossa indignação se um dirigente sérvio da Bósnia considerasse que se impunha, «a qualquer preço», manter uma maioria sérvia na Bósnia»
Podem os árabes ser cidadão de 1ª num estado judaico? Pode um muçulmano ser presidente de um estado judaico? Pode qualquer grupo étnico não-judaico ser maioritário num estado judaico? O quão longe se irá para garantir que não?

Quanto a «o mundo continua à espera de uma afirmação inequívoca da parte dos dirigentes palestinianos que aceitam a existência do estado de Israel.» Reverto-o para 8 e 9 de Setembro de 1993, quando se assinaram os acordos Oslo I em que a OLP e Israel se reconheceram mutuamente. (The PLO recognizes the right of the State of Israel to exist in peace and security. )

Para evitar qualquer tipo de dúvidas, por vezes parafraseio Alain Gresh neste post. Consulte-se o livro dele "Israel, Palestina Verdades sobre um conflito".
ATENÇÂO: não estou a dizer que o livro é bom, por acaso nem gostei muito. Simplesmente tem uma boa tabela cronológica. :)